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Detecção molecular do Virus da Febre do Nilo em aves silvestres do Brasil

Laura Morais Nascimento Silva1 | Sheyling Marie Alvarado Chía2 | Luisa Bittencourt de Lima Yamamoto2 | Larissa Mayumi Bueno2 | Maria Vitória dos Santos de Moraes1 | Julia Cristina Benassi2 | Guilherme Pereira Scagion3 | Bruna Larotonda Telezynski3 | Irineu Noberto Cunha4 | Amanda de Oliveira Viana3 | Ramiro Melinski4 | Igor Ferreira de Alvarenga4 | Gabriel Lins Leitão4 | Roberta Costa Rodrigues5 | Iolanda Maria da Silva Pereira5 | Lilia D’ark Nunes dos Santos5 | Alessandra Greatti6 | Erika Hingst-Zaher4 | Severino Mendes de Azevedo Junior5 | Wallace Rodrigues Telino Junior5 | Tatiana Ometto3 | Jansen de Araujo3 | Clarice Weis Arns6 | Helena Lage Ferreira1 | Edison Luiz Durigon3

  1. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Universidade de São Paulo (USP); 2. Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), Universidade de São Paulo (USP)M; 3. Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Universidade de São Paulo (USP); 4. Museu Biológico, Instituto Butantan; 5. Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); 6. Departamento de Genética, Evolução e Bioagentes, Instituto de Biologia, Universidade de Campinas (UNICAMP).

Ponente: Sheyling Marie Alvarado Chía, sheylingalvarado@usp.br

A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma arbovirose zoonótica oriunda da infecção pelo Vírus do Nilo Ocidental (VNO) causadora de quadros febris e neurológicos em humanos. Até 2020, dez casos humanos surgiram no Piauí, desde a primeira detecção em animais domésticos em 2009 e em humanos em 2014. Diversas ordens de aves silvestres servem como amplificadoras do vírus, portanto, u objetivo deste trabalho foi detectar o VNO em amostras de aves silvestres das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Foram analisadas 193 amostras (tecidos de rins e baços, n=43, e suabes, n=150) de 187 aves, obtidas mediante ações de vigilância ativa pelo Projeto PREVIR nas cidades de Santana do Araguaia (PA) e Aliança (PE) entre novembro de 2020 e julho de 2022. A detecção foi realizada através de RT-PCR previamente descrita com adaptações para o gene da nucleoproteína. As aves pertenciam às ordens Passeriformes (81,9%), Columbiformes (7,3%), Psittaciformes (4,1%), Gruiformes (3,6%), Falconiformes (1,6%), Strigiformes, Tinamiformes e Piciformes (0,5% cada), compreendendo 72 espécies. Amostras dos rins de três aves de Santana do Araguaia (PA) amplificaram o fragmento alvo, pertencentes às espécies Crypturellus parvirostris, Glaucidium brasilianum e Tityra cayana das ordens Tinamiformes, Strigiformes e Passeriformes, respectivamente. As amostras foram encaminhadas para sequenciamento gênico, visando confirmação do resultado. Este é o primeiro relato sugerindo a circulação do VNO no Estado do Pará. O estudo buscou contribuir com dados científicos à mitigação da deficiência de informação a respeito da circulação do vírus no Brasil. Esforços de vigilância ativa em zonas consideradas propícias para a circulação são uma ferramenta útil para monitorar a dispersão da doença e alertar para a tomada de providências aos organismos de saúde correspondentes.

Dom 12:00 am - 12:00 am